Se nós temos hoje legislação que define o enquadramento e a trajectória do pessoal Investigador Científico, de um Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, instituições como o já citado CNIC, e a de um Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico, contudo, ao que julgo saber, não temos ainda legislação apropriada acerca do modo de financiamento à investigação. Países de língua portuguesa como Portugal ou o Brasil estão já dotados desse importante instrumento e nós temos observado que não só são estruturas que funcionam admiravelmente, mas também constituem importantes instrumentos de política, uma vez que contribuem para o desenvolvimento desses países em todas as áreas fundamentais. Quanto ao financiamento da investigação científica no seio das instituições de ensino privadas não tenho muita informação, mas o meu entendimento sobre o assunto vai direccionado para o que, em termos de produção escrita, estas oferecem ou disponibilizam à sociedade. Neste sentido, não obstante os problemas que têm sido encontrados nos últimos tempos em relação aos financiamentos, vejo, por exemplo, com muito bons olhos, as publicações que o Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola (UCAN), tem pontualmente posto à disposição dos seus professores, estudantes e dos leitores em geral, que têm acorrido àquela instituição.
A Editorial Kilombelombe é uma editora privada que editou obras importantes sobre vários aspectos da nossa realidade (história, sociologia, antropologia, ciência política, tradição oral, literatura, etc., etc.). Porque sabemos que dirigiu a área da edição da mesma, gostaríamos de saber se essas obras serviram mesmo para enriquecer as nossas bibliotecas ou foram todas para o estrangeiro?